Lá onde o mundo principia O caminho é um riso aberto Onde o azul faz companhia E a alegria mora perto Lá onde as bailarinas não tem medo Lá onde a beleza dá no chão E os fantasmas dormem cedo (Depois do ladrão) Não deixe, não Não deixe, não Não deixe, não A nossa casa Onde as dores são de areia E as sereias cantam nuas Onde a chuva se penteia Quando vai cair na rua Lá onde a solidão dorme de meia Lá onde os anjos comem com a mão A tristeza sempre esperneia Querendo atenção Não deixe, não Não deixe, não Não deixe, não A nossa casa Lá onde a escuridão termina Onde o açúcar tem mais gosto E a saudade é uma menina Com os traços do teu rosto E quem apaga a luz acende estrelas (Quem entende tende ao coração) Logo lá onde nasce a fantasia E morre a ilusão.