Você me pediu um frevo Falei fácil que fazia Tentei logo entrar no clima Mas em sampa só chovia Fazia um frio do inferno Um fumacê do capeta Aqui camiseta é terno E sorriso, uma careta Mesmo assim pus sapatilha Me caiu como uma luva Em vez de usar sombrinha Lancei mão do guarda-chuva Saí arriscando uns passos Quase fui atropelada É tanta falta de espaço Não dá pra dançar parada Na paulista me peguei Numa manifestação De evangélicos, gays Contra a corrupção Intensificou-se a chuva E o povo correu então Pra baixo do guarda-chuva Que estava na minha mão Juntou judeu, japonês Gaúcho, pernambucano Boliviano, chinês Veio até um paulistano No calor da multidão No coração da batida Entoei esta canção Bem no meio da avenida Todo mundo entrou no clima, Fuligem virou folia A cidade então freveu Como há tempos não se via Agora aqui tem espaço Carnaval o ano inteiro A 25 de março Mudou para fevereiro São paulo é pernambuco Tietê, capiberibe Capiba ficou maluco De sonhar não se proíbe