Há um deserto imenso aqui plantado no meu peito Que floresce de vida quando nele pousa um beijo Que lhe limpa o lodo, que o alivia da tristeza Que carrego na cruz que me está destinada Há um deserto imenso aqui plantado no meu peito Que transpira e se cheira e que palpita e vocifera E me lembra da dor que sinto sempre que tu estás ausente Facultando uma sensação que me atormenta Este deserto... Este deserto é... O labirinto onde me perco (o labirinto onde me perco) Este deserto... Este deserto é... O labirinto onde me perco (o labirinto onde me perco) Há um deserto imenso aqui plantado no meu peito Cuja areia me queima e me penetra fundo nos poros Solidificando o ar que se aprisiona dentro do meu corpo E me rasga na pele como se fosse um gancho Há um deserto imenso aqui plantado no meu peito Tão defunto que até um morto nele se sentiria vivo Latejando alegre o desbutado enredo que me circunda E me afasta da luz que procuro e anseio Este deserto... Este deserto é... O labirinto onde me perco (o labirinto onde me perco) Este deserto... Este deserto é... O labirinto onde me perco (o labirinto onde me perco)