Calma e perdão aos poetas natos E seus corações bem dissimulados Em suas mãos prontas a se abrir: Todas as paixões são pequenos fatos Que sempre serão mal aproveitados Em suas mãos que nunca mais vi. Num gesto contemplado Por uma grande aflição Eu olho descansado Tamanha perfeição, sem razão. Sou um impostor dos mais delicados Que sempre chorou sem ser machucado Por uma flor jogada no chão. Ela é uma cor das mais refinadas Que alto cantou: "eu não sou mais nada" E se trancou para a imensidão. Num gesto contemplado Por uma grande aflição Eu olho descansado Tamanha perfeição, sem razão.calma e perdão aos poetas natos E seus corações bem dissimulados Em suas mãos prontas a se abrir: Todas as paixões são pequenos fatos Que sempre serão mal aproveitados Em suas mãos que nunca mais vi. Num gesto contemplado Por uma grande aflição Eu olho descansado Tamanha perfeição, sem razão.