Nas peles temos as marcas do solo e do chão rachado Há quem diga que é sina mas um cantador em rima Sealegratransformando a tristeza em amor, ô ô ô ô ô ô ô ô ô A caatinga cinza e seca parece muito com agente Quando a chuva encontra o chão, um aroma que refresca e embriaga Faz-se brilho no olhar, brota o verde numa grande explosão E como é bom ouvir de novo a passarada, como é lindo o meu sertão Cantando e seguindo ai, ai, ai Canta um cantador Coração sentindo, ai, ai, ai Aliviar a dor Cantando e sorrindo, ai, ai, ai Canta um cantador Cantando eu ensino Que tenho orgulho, deste sangue Sertanejo Sou nordestino sim senhor Vivendo nosso destino, seguimos nosso caminho A cor do sangue pisado, das mão e pés calejados que trabalham Para ver brotar do chão, alimento, fonte de renovação, ê ê ê ê ê ê ê ê Jaleco, perneira, aió, moringa, e chapéu de couro Na janela armadura, pedaços de rapadura e montaria Em frente pelas veredas, recitando baixo um verso aboiador, ô ô ô ô ô ô ô ô boiada Oração simples, homenagem sertaneja ao meu Deus que nos criou (refrão) Vergonhosos os homens que governam, este pedaço grande do país Gerenciam a industria da seca, impedindo da gente ser feliz Mas com verso e viola vou cantando, realizando um sonho de menino Ensinar para o povo brasileiro, o valor que possui o nordestino (refrão) "Nordestino sim senhor"