Trago no meu peito a canção antiga De um profundo amor à vida Que o tempo conservou E a saudade boba de um outro dia De um mundo-fantasia De um homem sonhador E de bicicletas e bailarinas Pierrôs e colombinas Ruas cheias de amor E de almas cheias, pratos cheios Certos fins não acham meios Pra poder nos alcançar Trago no meu peito a canção antiga Entre tantas, uma vida Que o tempo desenhou Os desejos tolos de utopia E a sincera alegria Por cantar o que eu sou