Livra-te da máscara que esconde Livra-te do quando e do onde Livra-te de sufocar o pranto De silenciar o canto Livra-te do desencanto Livra-te da norma e da regra Livra-te do ódio que carrega Livra-te de tudo em que se apega Dessa flor, desse veneno Desse seu vício de enxergar pequeno Livra-te da grana e do ganho Livra-te do seu patrono Livra-te do fardo que carrega E da gana que te cega Livra-te desse rebanho Me diz o que não se aprende na escola Como livra-me dessa dor que me assola Livra-me, livra-me Apostei cara ou coroa nessa esmola E o resultado foi a lama que me atola Livra-me Livra-te da tua identidade Livra-te do ego e a tua idade Livra-te de sonhar em voz alta E tudo aquilo que te conforta E enfim livra-te Do teu mundinho de faz de conta