Copo d'água. Cigarro. E dois fósforos. A lembrança d'inércia vivida no fracasso. Que se dane a dor; que continue nos pés O prego da memória qu'inutilizou o passo. A lembrança putrefaz os joelhos; Me dê meia razão para continuar. Como os céus, eles estarão mudos. E a apatia, há de me arruinar. Permanecerei aqui por incontáveis dias. Ter alento ora é me arruinar. Enquanto as memórias trazem à cama a abulia, Faço do sono o meu lugar. [...] À intimidade de um café amargo. Este psicopata esfaqueia! Pois se eu seguir minha natureza... Sangue de outrora lavará este chão. "O sorriso em face não está invísivel O suficiente para se ver os pedaços." Reescrever minha história; reerguer minha ciência. Agora é minha honra posta a prova. Plantando a vontade, para colher o triunfo. E o leão nascerá de tuas sovas. Minhas pegadas de vitória, marcarão tuas terras. Fruto de uma revolução onde eu marcharei. Minha arma: o suor; o escudo: o silêncio. E das palavras mudas, guarde duas: eu vencerei!