Se liga como é incoerente aquele que ofende é o mesmo que mente Se diz inocente, crente, temente a um Deus onipresente Mas dentro da mente existe um demente que julga, atua, acusa Escondido na sua carapuça de gente boa nas ruas Uma máscara absurda por trás de um filha da puta que usa e abusa! Isso não pode se tornar cultura, tem cura, simples e pura! Mudar a estrutura de uma sociedade imatura, burra, estupida, em fúria! Mas tem gente do bem que ajuda mesmo sem Querer nada em troca, ajudando quem não tem Então oremos, agradecemos, porque sabemos que não recebemos o que Queremos nem o que escolhemos e o mesmo vento sopra pra quem tem menos De tempos em tempos, festas e eventos no centro, eu penso, eu tento Invento, intenso, estranho, tenso, insano, lembro o quanto é denso! Extenso e cheio de extremos, com vários desfechos no mato nos becos! Nem adianta mostrar o seu documento, ninguém quer saber quem é você Com um fuzil e uma caneta eles vão te foder! Espanca, sangra, estanca, manda, enquadra, embaça A cidade cravejada de bala, negra da fumaça criança sem aula Bota tranca na casa, o medo da farda, da milícia armada Deixa uma marca, ameaças, tipo faca na caveira que só resta a Caveira, depois da facada, puta merda de pátria amada Disfarça e arregaça, a massa acuada, as forças armadas Não mudam em nada segue a farsa, tem que ter medo parça! Queria ter esperança, poder acreditar em alguma mudança Sem ter que entrar na dança e aceitar a falsidade dos Disfarces da falta de qualidade de uma duvidosa moralidade Com um toque de ignorância! Sustentada pelas circunstâncias Pela religião respaldada na constituição apoiada pelas forças armadas! Não tem jeito não, elegemos um vacilão! Seu voto é mais um em um milhão, o país precisa de administração e Não de mais um vilão, um trapalhão! Pra botar um oitão na sua mão! Chega de abstenção, chega de fugir, com união os partidos vão sumir Com representação de quem quer interagir os líderes irão surgir Nesse país não é só pobre que se fode nessa vida! Tem muito classe média que se afoga em tanta dívida Pra exibir o que não tem, pra gozar com o pau de alguém O meio do caminho é foda, ou tem grana ou não tem, agindo por impulso No trabalho sempre puto, subordinado a um zé ninguém Quem não queria ter uma pá de nota de cem? Pra fazer o que quiser, na responsa sem migué Dinheiro nunca é demais, quem tem ou não tem O que ganha não satisfaz, é como um vício que da força ao cérebro Que constrói castelos, faz do feio belo, não importa o quanto seja fraco Se tem grana irmão, muda rapidinho de status Mas o tempo corre e não se pode deter, sem grana você some e ninguém vê Só sei que estou aqui, ainda sem sorrir, esperando a minha brecha, sem pressa Eu não canso de insistir E quando conseguir, mantenho minha meta, eu vou em linha reta ate alguém me ouvir Só eu sei o que eu passei pra chegar ate aqui, agora falta pouco pra sorrir Quais são as chances de tudo mudar? Se ainda tem chance, vem ni mim que pode pá! Quais são as chances? A voz que fala é como bala, mas não vai te machucar! No Brasil dizem que maconheiro só corre da polícia, eu não irmão Eu to aqui pra muda a estatística, de que fuma é inferior E que não faz nada direito, sou maconheiro com orgulho e bato no peito O mundo esta difícil, mas isso já era de se esperar, a cannabis proibida Os corruptos nos roubando e o povão no tchu tchu tcha! Televisão alienando nossa gente, tudo pra baderna continuar Ai você me pergunta, o que eu faço pra mudar? Eu tento a mensagem do bem espalhar, não dizendo que Jesus irá voltar! Só assim toda essa opressão irá realmente acabar Vejo um mundo controlado pela vaidade, status vale mais que personalidade! Agora para e pensa, aonde vai acabar essa humanidade? Às vezes me da vontade de sumir dessa cidade, encontrar um lugar pra ficar de boa Viver na simplicidade, mas ai todos vão me chamar de covarde Por não ter encarado a realidade, foda se! Não ligo pra Zé povinhage! Na verdade, eu queria mesmo é viver num lugar perfeito Aonde todo mundo tem o mesmo direito, vivendo com apenas uma lei A causa e o efeito! Levo palavras a quem der ouvido, e seguro no peito um choro contido Ouço histórias de um jovem mendigo, nem tudo que diz, faz muito sentido Entre o álcool e o crack ele vive escondido, esquecendo o passado e o tempo perdido Fudido, esquecido na rua buscando um abrigo Sente na boca o gosto de fel, esperando a hora de ir para o céu De alegria ou desgosto um sorriso no rosto de quem viu ou desmascarou papai noel Com os olhos fixos no vazio, pergunto o que foi, ele diz, nada tio Ajoelhado no chão, parecendo estar em oração Mantém um sorriso de quem nada viu, e num suspiro sua vida enfim se esvaiu Sabedoria não vem do berço, e sim daquilo que não se põe preço Bebo da água, que virou vinho, para esquecer as dores, destes espinhos Das entranhas do meu egoísmo, no alicerce dos meus vícios Lutando contra as tentações, vou levando a vida com minhas canções Caminho sozinho em busca do nada, se nada existe, eu sei que encontro Pois, o nada é tudo e eu também sou nada e ponto Quem tudo quer nada tem! Se tem tudo fica preso e é refém! Bota alarme, faz seguro, troca a grade sob o muro! Seguranças armados, sistemas monitorados sofisticados Alta qualidade, enquanto o estado insiste em mirar na comunidade Com ordens covardes, se não der pra prender mate! Assim eles invadem, os traficantes se evadem A população que escape da mira do GOE, da ROTA, do BOPE, do GATE! Eles soltam os cachorros pra cima do povo Alguns pedem socorro, mas os homi com sangue no olho Com cara de loco bota panico no morro, chega de tanto desaforo! Só consigo ouvir as rajadas os gritos e o choro! Nossa segurança ta por um fio e no soro! Isso que você chama de justiça? Agora você é ministro Sérgio Moro! Estrela de um filme herói nacional! Prendeu o Lula, ta famoso, passou na globo Mas o filme tem final! Na real cagou no pau! Da glória ao caos A política te tratou tao mal que embora um magistrado foi um pau mandado De um bando de arrombado desse estado democratico anormal! Regidos por um imbecil que enaltece a ditadura, faz voltar a censura Esconde qualquer verdade nua e crua, qual é a tua? Não tem postura ninguém atura um caipira linha dura Que assassina a cultura, ninguém segura essa mula xucra! Que não me representa e machuca, sera que é minha a culpa? A culpa, desculpa, a luta injusta, a fuga não lucida, expulsa, expurga Esmaga, enxuga o sangue nas ruas, as lagrimas imundas antes translucidas! Crianças brincando sacando o ferro, não tem peito de aço morre cedo e veste o terno! Violência explicita dentro de tantas famílias Seja ela branca, negra, amarela, indígena ou parda! Retrato de um país sem ordem que não tem respeito pela farda, essa que nas quebradas Mostrou que não merece ser respeitada É tao suja quanto os que comandam de terno e gravata! É uma doença cultural que precisa ser erradicada! Quem mata disfarça, mas nunca relaxa, basta alguém mandar que ta feita a cagada! Mas depois se acha que a cachaça vai dar conta só? Vai se acabar no pó Dizer que é um cara só, dizer quem tem sentimento e dó! Imagina só tomando Rivotril por conta, o cara pega e aponta o fuzil pra sua cara e ri Como uma hiena tonta! Sempre drogado, ele sofre pra caralho, mas não conta! Nesse mundo de faz de conta ele esconde por causa da vergonha, da desonra Da promoção, ele precisa pagar suas contas! Ele continua suportando essa vida medonha lidando com os fantasmas em sua mente Diariamente até a hora que deita na cama Quando dorme não sonha! E aqueles que tem pesadelos pesados A beira de um infarto, preocupado com muros mais altos Cercas de aço, mais seguranças aramados, carros blindados, vidros esfumaçados Sempre vigiado, câmeras por todos os lados Então me diz, quem é que tem medo de quem? Mais vale não deixar o mal entrar do que fazer o bem? Barracos em cacos, sem nada encanado, junto ao lixo e o mato, pedindo um trocado Roubando por habito, matando de fato Corpos e corpos sendo empilhados, queimados, descartados O ser humano ta todo errado, do pé de cana ao presidente do senado É uma merda estar lucido E condenado a viver em um mundo obcecado em ter por status, usando o poder pra julgar O outro mais fraco por não ter os mesmos ternos caros, não tem conserto ta tudo errado! A causa é o mal e não o efeito! Ta tudo errado! Não tem conserto Me da um abraço, me da um trago, ouve o que eu falo, que já paro de te encher o saco Depois dessa vou ate deixar crescer o bigode Um cara que veio do rock, tem muita rima em estoque Vou gravar o meu nome batendo Rap God Pro Eminem mando um toque, sou o novo detentor do record De mais palavras por segundo em um único rap, um salve do Brasil, respeito forte!