Oh liberdade! Que não pude tê-la Que não pude exercê-la Em cem anos de abolição Pois me negaram um espaço Político e cultural Econômico e social Me trataram com discriminação Da senzala à favelados De escravo à assalariado De ama de leite à amante do senhor De mãe solteira a mulata de show Êh oh! E hoje um novo canto Entoam nos ares E clama como o dos palmares Por plena libertação