Homo, homo sapiens Robô, robôs nascem Homo, homo sapiens Robô, robôs morrem Eu vejo meros mortais à beira de um precipício Indício, que comprova o que foi dito desde o início Desperdício de um ofício a humanidade fraca Se rende ao vício De um senso fictício e sem sentido E o mais difícil nessa porra é sobreviver Eles morrem como se não tivessem vivido E vivem como se não fosse morrer Adere à isso, mesmo sendo ridículo Junta experiência sem essência e joga no currículo É típico, esse estímulo Mas como caixão não tem gaveta jão Eu te pergunto, o que cê levou E, pra que cê levou e quanto cê levou E, o que cê deixou e ai compensou E Deus te perdoou e sua alma salvou, salvou? Quando te sobrou ganância e te faltou amor A humanidade é foda se afoga E se enforca com a própria corda Já deu a cota de viver de chacota E antes mesmo do meu beck virá moda, o que é foda É que esse mundo imundo, já era bem pior que droga Homo, homo sapiens Robô, robôs nascem Homo, homo sapiens Robô, robôs morrem Vejo servos de seus egos, caminham pra trilha escura Como pregos que acham certo Se afundar nas suas torturas Irmão, mente imatura, a vida é dura e o mundo louco Um querendo o que é do outro E todos se contentam com pouco Aí mundão escroto, ouço gritos de sofrimento Inabalável eu sigo o jogo Pra não me entregar ao veneno Vai vendo, como minha luta é mais que putas E salva de palmas É saber agir com o corpo, mas sem torturar minha alma Calma, não vai na ideia que o amanhã vai melhorar Brincam de Deus, é coisa séria Pra fazer tu não acordar, rapaz Vou mais além mas sem querer o mal de alguém Triste quando te querem bem Nas alturas que lhes convém Vem, vivão e vivendo de modo subversivo Jamais submerso, confesso Já quase me entreguei à isso Aplico, ativo, orar, resgatar virou compromisso Quando a beira do precipício Vejo seres entregue a vícios Lixos, porcos fardados e seres são rotulados É fácil culpar o governo, quando seu termo é sistemático Ermo, mas indomável, implacável, nas minhas ações Antes chorar com a verdade, que sorrir nas ilusões Homo, homo sapiens Robô, robôs nascem Homo, homo sapiens Robô, robôs morrem Veja só, nem tudo é o que parece Quem te espera pode ser alguém Que você não esperava ser Me sinto estranho, sem saber aonde estou Sem saber pra onde vou, sem saber de nada Que não deva saber Visto a carapuça, quando dizem Que um dos nossos não conseguirá e deve desistir Pessoas fracas, mentes fracas São mil facas pelas costas Um laço no tornozelo que te impede de seguir Correntes quebrarão seus cadeados Já não tranca mais as portas que meu Deus do céu abriu Podem me prender suas grades alimentam minha mente Nem sob tortura eu entregarei em mãos erradas E a mente do vilão é o que nos deixa um passo à frente Sou brasil A voz de assalto, num dia normal Um pião do jogo de um xadrez real Um pote de cola no fim do arco íris De onde nóis vem, cê dá bem pelo mau Somos meros mortais, meros mortais Meros mortais, mente, coração e essência Somos todos mortais, todos fatais Somos poucos mais bem loucos Causa e efeito da existência Homo, homo sapiens Robô, robôs nascem Homo, homo sapiens Robô, robôs morrem