Como justificar que a palavra mar Pode abarcar todo o saber Que se esconde lá? Como posso negar que ao medir você Não meço a mim? Borda, torto, um novo traço pra mim Borda, torto, um novo traço pra mim Borda, torto, um novo traço pra mim Borda, torto, um novo Torna se você matou a primeira Torna se você afirmou o negado Torna se aceita pra si a diferença Torna se você continuará a insistir Em não perde-se no caos Viver não é mais um conto de horrores Viver não é mais um algo a acontecer É natural Viver é não parar pra comparar É deixar ser o que só poderia ser O que não precisou de mim Pra germinar e seguir sua harmonia Mas que pelos afetos será determinado, sim Sou só um convalescente desvairado Que soa a febre toda até secar E vê no esquecimento faculdade De acentrar, de fitar o futuro do ser Um poder grande como o lembrar Para acordar e viver outro dia Sem toda a carga de chumbo Que toda história, quando é própria, tem Viver não é mais sofrer pelo perdido Se é que de perdido é bom falar Pois o todo é só um