Pela janela, eu via um vasto mundo a conhecer O mesmo foi encolhendo até caber no meu bolso E se tornar apenas mais um rastro de algo que eu perdi E nada mais me atrai Só não quero reclamar Pois sei que o velho sou eu Mas o novo sempre vem E pode ser que o novo traga algo de ruim Mas foda-se, eu não ligo, faz parte de mim Nos dias de domingo eu gosto de andar por aí E sinto as almas tristes vindo a ruir E essa náusea, pouco a pouco, some com o que for Não traz mágoas, nem alegrias, só te tira a cor Dia após dia, diluo o que aprendo em sono Acordo cedo e saio de casa fadigado, a passos largos e caio Em um abismo de promessas que esqueci, como - Não me estragar - Ter emprego e me casar - Ter um carro e viajar - Não sofrer, nem machucar Mas fato é que o novo pode vir a ser ruim Mas foda-se, eu não ligo, faz parte de mim