Salgueiro é amor que mora no peito Com todo respeito, o rei da folia Eu sou o cordel branco e encarnado Danado pra versar na academia Sou cabra da peste Oh minha fia, eu vim de longe pro salgueiro Em trovas, errante, guardei Rainhas e reis e até heróico bandoleiro Na feira vi o meu reinado que surgia Qual folhetim, mais um cadim, vixe Maria! Os doze do imperador Que conquistou o romanceiro popular Viagem na barca, a ave encantada Amor que vence na lenda Mistério pairando no ar Cabra macho justiceiro Virgulino, é lampião! Salve, antônio conselheiro O profeta do sertão Vá de retro, sai assombração Volta pra ilusão do além No repente do verso O bicho perverso não pega ninguém Oh meu padinho, venha me abençoar Meu santo é forte, desse cão vai me apartar Quero chegar ao céu num sonho divinal É carnaval! É carnaval! Salgueiro, teus trovadores são poetas da canção Traz sua côrte, é dia de coroação Não se avexe não