Noites tranquilas Sono do ócio Durma em paz Sua cidade Luzes acesas Almas de gás Por entre os carros Olhares aflitos E não pode ver Todos milagres Que em cada esquina Guardei pra você E nas manhãs vai acordar E perceber o óbvio E vai notar que o essencial É sempre o mesmo prato Tantos amigos Sorrisos fraternos Você pode ter Dias instáveis Pessoas mutáveis Só pra dizer Que sonhos infláveis Em terra do nunca Você vai viver Silêncio e ruína Cegueira e retina Se ligam a você E nas manhãs vai acordar E perceber o óbvio Que a vida É sempre o mesmo cão mordendo o próprio rabo