Portões, calçadas e becos, escureceu por onde passei Me fechei em algum pesadelo e via tudo fora do seu lugar Acordei no impulso do susto ouvindo a minha voz ecoar E notei no escuro da sombra o que a luz tentou apagar Tristeza, toda a beleza que as cores agem pra disfarçar Olhando pra tudo que é canto vendo o nada em tudo que é lugar Navalha e o peso da graça, me seduz e vive a me tentar Sem graça, pra quem não tem nada de uma ausência que não vai nem notar E quando não sente nada as horas ficam pesadas E tudo cheira a fumaça, não vai te satisfazer Sozinho em má companhia pensando o que eu não queria O dia é uma noite fria, não vai te satisfazer Não vai te satisfazer