Rio, Estácio no passado fez este presente, E deu abençoado três vezes à gente, Pois Deus é africano, índio e português, Como o babalaô, como o padre e o pajé, A macumba, a crendice, a missa e a fé, Teu bonito até mesmo com chuva cresceu, Foi surgindo, todo lindo se fez. Rio De Pedro que primeiro foi compositor, Foi grande seresteiro imenso imperador, Amigo do chalaça, Que a história faça mas não diz, Era o dono das francesas lá da Ouvidor, De marquesas balançou o coração, Da tristeza de partir partiu feliz, Por saber que inaugurou meu filme ouviu, Como a capital do amor deste pais. Rio, De Vasco e Botafogo, América e Bangu, Maracanã vibrando em dia de Fla-Flu, Do bonde que a saudade ornamentando praça, Do tostão que era bom como a Lapa já foi, Da boneca dourada que passa, que engana, Enfeitando calçada de Copacabana, Ipanema, Leblon e Arpoador. Rio, Do grande carnaval, do 1º de abril, Da Vila que desceu, do dólar que caiu, De São Judas Tadeu, São Jorge e Cosme Damião. Rio, de São Sebastião que é de janeiro, Redentor que Paulo VI iluminou, Rio de Deus que é brasileiro e do lugar, Rio do bicho que não deu mas ia dá, Festival de anedotas, luz e cor, Foi aqui que descobri que a vida é, E encontrei o meu amor, Rio, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, Brasil....