Belas mulheres, vida de exageros Chutação de balde, capote de barcas Almas descartadas, sangue escorre, eu vejo Às margens da Ayrton Senna essa existência vaga Leal e correria, sou Preto vivo, visionário, sem algemas, ou Coisas que me prendem, tira a liberdade Bllakk sem corrente, pele escura sem ter cárcere Vivеndo atrasado, me sinto Jesse Owеns correndo cem metros rasos Não brinco, a conta chega, o crime rola, o tempo é escasso Me responsabilizo por meus atos, assumindo esse risco a pista rasgo Ruas da cidade, o Papa é pop e a Xuxa é puta Reparação histórica, me chupa! Se essa porra é isso, qual a minha culpa? Quem não espera nada não se frustra Afundando não estraga essa angústia Chuva cai lá fora, aumenta o ritmo Esperto com cara de mau, inimigo íntimo O ódio mais legítimo, designo Foda-se, cê só rezou em límpido Nas margens que meu povo vive é o céu caindo