O operário sonhou Que a elite condenou ele a morte Depois lhe mandou pro inferno Por ser pobre, favelado e não ter muita sorte Olha que foi um desespero danado Na hora de entrar no caldeirão Pinto logo o capeta mirim lhe perguntando qual é seu grau de instrução Porque também para entrar no inferno tem que fazer vestibular com o filho do cão Olha que na continuação do seu sonho Ele encontrou várias autoridades Na fila da comprovação tinha muitos civis e militares Um parlamento completo e até chefe de nação Foi aí que o chifrudo chefe deu aquela explicação Lá na justiça da terra Vocês não devem nada a ninguém Porque a lei dos homens é somente aplicada Em cima daqueles que nada tem Mas a justiça divina Não tem jeito de enganar Nem o poderoso dólar dos senhores Lá não consegue subornar Vocês na vida material Abusaram muito do poder e do nome Fizeram injustiça com os trabalhadores E milhares de crianças mataram de fome Por isso tão aqui no inferno Pela justiça divina condenados É aí que o provérbio diz assim Quem deve a Deus pague o Diabo E o chifrudo gritou É quem robou lá na terra levante o dedo Não tentem me enganar Contem logo a verdade eu conheço o segredo Vou botar vocês no Pau de Arara Quem robou lá na terra levante o dedo (Sujou, sujou)