Quem canta não desespera O quanto encanta o profundo As canções mais que as guerras Mudam os rumos do mundo... As canções iguais as flores São sinais de um tempo novo Só não entendo os cantores Que não cantam para o povo... Se um homem canta sozinho Encanta desilusões Mas o canto abre caminhos Na marcha das multidões... É preciso dar as mãos E seguir atrás da banda Pois a causa da canção É a força da ciranda... Cantar liberta as paixões Que o povo guarda na alma É por isso que os violões Conseguem calar as armas... Mesmo a miséria se encanta Liberdade se refaz Toda a vez que a gente canta Pelo pão ou pela paz... Ninguém canta, ninguém manda Tiranos, nem infiéis Pois o povo em ciranda É mais forte que os quartéis... É preciso dar as mãos E seguir atrás da banda Pois a causa da canção É a força da ciranda...