Montes, serras, matagais Pedras de um rio Me despertam aos poucos de um vazio Que me protegia até então Água queda no meu ombro Enfrento o frio Que logo se vai, leva consigo Dores que eu guardava em coleção Por que Sempre evito tanto este caminho Me abandono e culpo o destino Construindo – eu próprio – um sofrer? Como Esperar que o tempo seja amigo Se nunca o trato com carinho? Natural, assim, ele correr Sonhos, astros e cristais - Eu só te ouvindo - Signos, sinais, o infinito Nunca dei pra isso atenção Visões, coisas que nem sei se acredito Que seus lábios beijam em meu ouvido Tornam irrelevante minha razão Me diz em que paralelo agora estamos Sinto conhecer-te há muitos anos Num reencontro adiado só por mim Vejo o brilho que em nós você dizia Mas que com meus olhos não veria Pois que a visão é pra outro fim