Sou a seiva da esperança amarela sem botão Sou o tronco sou raiz sou semente em extinção Sou a brasa se apagando na fogueira de São João E quando eu virar cinza vai ser o caos da nação Nasci na casa de barro na beira do ribeirão Sou mulato das mãos grossas não nego minha tradição Sou roceiro sou caipira sou matuto sou peão Sou caboclo sertanejo eu sou filho do sertão Sou servo da natureza cultivo a paz no coração E semeio a semente do solo fértil deste chão Meu deus o desejo meu e fecundar a plantação E o prazer do cio da terra e engravidar do pão Nasci na casa de barro na beira do ribeirão Sou mulato das mãos grossas não nego minha tradição Sou roceiro sou caipira sou matuto sou peão Sou caboclo sertanejo eu sou filho do sertão Sou caboclo sertanejo eu sou filho do sertão Sou caboclo sertanejo eu sou filho do sertão Nasci na casa de barro na beira do ribeirão Sou mulato das mãos grossas não nego minha tradição Sou roceiro sou caipira sou matuto sou peão Sou caboclo sertanejo eu sou filho do sertão