Eu sei que o meu peito é uma lona armada Nostalgia não paga entrada Circo vive é de ilusão Chorei com saudades da Guanabara Refulgindo de estrelas claras Longe dessa devastação E então Armei pic-nic na Mesa do Imperador E, na Vista Chinesa, solucei de dor Pelos crimes que rolam contra a liberdade Reguei o Salgueiro Pra Muda pegar novo alento E plantei novos brotos no Engenho de Dentro Pra alma não se atrofiar, Brasil Brasil, tua cara ainda é o Rio de Janeiro Três por quatro na foto E o teu corpo inteiro Precisa se regenerar Eu sei que a cidade, hoje, está mudada Santa Cruz, Zona Sul, Baixada Vala negra no coração Chorei Chorei, com saudades da Guanabara A Lagoa de águas claras Fui tomado de compaixão e então Passei pelas praias da Ilha do Governador E subi São Conrado até o Redentor Lá no morro Encantado eu pedi Piedade Plantei brotos de Laranjeiras, Foi meu Juramento No Flamengo, Catete, na Glória E no Centro Que é pra gente respirar Brasil Brasil, tira as flechas do peito Do teu padroeiro Que São Sebastião do Rio de Janeiro Ainda pode se salvar