Ei, suas mãos tão vazias Suas costas sangrando Seu passado apagado E seu discurso ofegando E ainda riem de nós Tudo é um monte de nós Sim, caravelas ao vento Biodiesel, quimera Mundo em aquecimento Sem água na panela E o que pensam de nós? "São fantoches sem voz" Entrelaçam os nós Pra tapar nossa voz E o mundo estranho pede Mentira ianque fede Dor Dor sulamericala Só me deixe em paz Bastam os ancestrais Seu irmão falido Já não é querido Eu sei da dor sutil do Brasil Trocam frutas nativas por maçã, uva e pera E migalhas pra nós pra calar nossa voz E empurram a voz pro intestino algoz Seu irmão falido Seu irmão querido Tão catequisado Pátrio, puro e amado Veja a constância do erro Sua casa é uma aterro Sua água tapada Seu esgoto é um estrada E o que pensam de nós? E o que riem de nós? Tudo é um monte de nós Dão bananas pra nós Que futuro há pra nós, se há um monte de nós? (Seu passado fede e o intestino pede) Se há o sermão falido Do irmão querido Puritano e lindo Aonde é que estamos indo?