Essa história é de um tal de Aparício Índio maleva e muito mal acostumado A fazer confusão em bailes e festas mui gaúchas Abre a cordeona companheiro Aparício era um índio largado, morador lá da costa da serra Malandrão, muito namorador nos fandangos lá da sua terra Quando ia dançar vaneirão só dançava bem agarradinho Era só na base do apertão e a mulher reclamava baixinho Não aperta Aparício, não aperta Não aperta Aparício, não aperta Não aperta Aparício, não aperta Que esta história vai ser descoberta Se o velho meu pai está espiando Dá peleia e dá morte na certa Não aperta Aparício, não aperta Não aperta Aparício, não aperta Não aperta Aparício, não aperta Que esta história vai ser descoberta Não aperta, Aparício, larga a menina, rapaz Certas horas o tal de Aparício foi dançar uma vaneira marcada Convidou uma morena gorducha que por ele estava apaixonada E o salão tava muito apertado era só naquele pega e puxa Aparício dançava e pulava e apertava a morena gorducha Não aperta Aparício, não aperta Não aperta Aparício, não aperta Não aperta Aparício, não aperta Dava gosto de ver esta cena A morena empurrava o Aparício E o Aparício puxava a morena Não aperta Aparício, não aperta Não aperta Aparício, não aperta Não aperta Aparício, não aperta Que esta história vai ser descoberta De repente o velhão da gorducha era um tal de Maneca Porpício Sapateava e gritava na sala, hoje é eu que aperto o Aparício E traçou-lhe o tatu no candieiro e o baile ficou no escuro Só se ouvia cochichos de velhas e mulher que gritava em apuro Aperta Aparício, aperta Aperta Aparício, aperta Aperta Aparício, aperta Só se ouvia gritar ala puxa O Porpício apertava o Aparício E o Aparício apertava a gorducha Não aperta Aparício, não aperta Aperta Aparício, aperta Não aperta Aparício, não aperta Que esta história vai ser descoberta Se o velho meu pai está espiando Dá peleia e dá morte na certa Não aperta Aparício (já parei)