Eu canto pra mil querências Com a força de mil gargantas A minha vontade é tanta De decantar a minha terra As remanescências das guerras Das lutas continentais Nas revoluções cisplatinas Que a nossa historia se aferra Eu canto pra mil querências Com amor e com afinco Lembrando que em trinta e cinco As farrapadas caudilhas Conquistando mil vitórias Em poéticas de glórias Com Bento e seus farroupilhas Eu canto pra mil querências Com minha gaita boerana Nesta vida campereana Eu canto pra mil fronteiras Nem que leve a vida inteira Homenageando meu pago O gauchismo que eu trago É o tricolor da bandeira E como gaúcha que sou Eu canto com devoção Nesta modesta canção Eu faço a reverência Não dou não peço clemência No culto da tradição Atinjo mil corações De muitas e muitas querências