Nosso amor de prosa e mate que ninguém sequer suspeita Que nunca viveu no catre o milagre da colheita Vive momentos escassos que transbordam de emoção Toda vez que eu te alcanço a cuia do chimarrão Teus olhos verdes, tão verdes da cor da erva do mate Buscam meus olhos com sede de matear paixão no catre Então na roda de mate todos tencando tamanho A gente vive e ainda parte os dois pedaços de um sonho Por um instante eterno eu vivo o fim desta espera Nas minhas mãos de inverno tuas mãos de primavera E assim mateando desejos tu cevas vem que eu deponho Em cada mate um beijo, em cada beijo é um sonho Mas percebo o que me dizes num olhar que adivinho Que ainda seremos felizes mateando a dois no ranchinho