Vivo campeando alegrias pelos campos da querência Estou no meio da existência sem lugar pra chimarria E as cacimbas que eu encontro pelas sombras das estradas São saudades derramadas das tristezas de um olhar Na garupa levo sempre a viola choradeira Minha amiga companheira que tem cordas pra chorar Pois as mágoas que eu carrego são lembranças chimoronas Que eu carrego nas caronas e desabafo meu cantar Campereando vida afora sem ter rumo definido Sou o rebenque esquecido sou apeiros pelo chão Vou seguir a trote lento tentando clavar de sorte Procurando quem se importe com o vazio no coração Pois cansado desta vida de ter o céu por coberta Se eu achar querência certa não vou mais cantar saudade Vou cantar nova alegria, vou ser tropeiro, ser guia Ser até peão por dia, mas vou ter felicidade