Meu pago minha terra Na deixe patrício falar deste pago Que anda sem afago, amor e afeto Defende este teto que te viu nascer Não ande a correr, seja mais correto Não deixe os estranhos guapos companheiros Nem um estrangeiro pisar no que é teu Alguém já morreu lá por trinta e cinco Defende com afinco este pago que é teu Não deixe esta moda tão impertinente Entrar de repente neste teu rincão Se tens coração, carinho e lirismo Sinta o gauchismo e o amor pelo chão Aceite um pedido deste veterano Roído pelos anos pede por clemência Com muita veemência herdade farrapa Que cinge na lhapo o amor na querência Não deixe o desprezo estropiar o gaúcho Que é simples sem luxo de lenço ao pescoço Não chamem de grosso pois bombacha e bota Nunca foi chacota para o teu retoso Não despreze a raça imponha o respeito E bata no peito pois quem luta vence Sou porto-alegrense que vive em cantiga Mas defende em briga meu chão rio-grandense