Senti meu grito repicar no infinito Me deu saudade dos costumes do rincão A pionada se chegando a tardinha Puxava um cepo e tomava um bom chimarrão Sinto saudade da minha velha gaitinha Que resmungava lá no fundo do galpão Todo gaúcho que nasce pra ser gaúcho Na verdade ele se orgulha em ter nascido neste chão Eu me lembro ainda da carreta que ringia Fazendo poeira na estrada onde passava O charquezito não faltava na broaca Para comer um carreteiro com a pionada É tudo isto meu amigo e um pouco mais Que a lembrança me ajuda a recordar Quero voltar o quanto antes à querência Pois a malvada saudade me obriga a retornar