Meu velho é um peão largado que nunca negou a sina, Em ser flor de assanhado por fandango, canha e china Conhecedor do riscado, entrava em qualquer biboca Para um surungo enfezado, um retoço com a chinoca. Eu fui seguindo no pasto o rastro das suas botas Por isso é que eu também gosto de tudo que o velho gosta Jogo de osso, entrevero, uma carpeta de truco Um chão batido em candeeiro pra dançar o suco-suco Cambicho fim de semana, rabicho de pega-pega O cicho no quero mama e o namoro nas macegas Aquela paixão baguala que nunca teve sossego De repente nos piala corpo a corpo nos pelegos O velho é que tem razão bom mesmo é se encambichar Não há quem não queira não uma sarna pra se coçar Eu fui seguindo no pasto o rastro das suas botas Por isso é que eu também gosto de tudo que o velho gosta