Berenice Azambuja

Velho Cepo

Berenice Azambuja


Chimarrita 

Velho cepo bem crioulo, farquejado a facão 
Sua história é muito triste e que me dói o coração;
Ao te ver abandonado lá no fundo do galpão 
Pensei comigo mesmo como é triste a solidão.  

Velho cepo bem crioulo 
Já andou de mão em mão - 
Quase serviste de lenha 
Pro velho fogo de chão.

Velho cepo bem crioulo que já ficaste de lado. 
Muita gente não dá conta do que foste no passado 
Ninguém mais te lembra ainda que em ti estava sentado, 
Tu és marco de uma história, lembrança  do passado.  

Velho cepo bem crioulo, ninguém teve coração 
De guardar com carinho para uma recordação - 
Apesar de estar velhinho representa a tradição, 
Esquecem que no passado foste dono deste chão.