Já se tá a começar a compor a cena Trago verdades nas frases não são flows apenas Não pouso a pena! Propago o tratado do estado de natureza Cito as dicas nas batidas com atestado de pureza Descansado com a certeza que o que tiver que vir, virá Se eu quiser, feliz, ficar na relax a virar São 4 anos, 16 estações Na garagem gravações Sem paragens nem refrões, mensagem agravava ações Numa vida de negatividade, muda Inicia a atividade numa positividade pura Mas como? Se não temos guita hoje Numa democracia cínica em que elegemos os ditadores Eu não sei como é que vai ser quando a minha família se for Antes não me parecia longe já nem sei onde fica hoje Expresso o stress num conjunto de letras Confesso que peço um bom fundo. Pensas que me confundo? Tretas! Com um flow bruto rebentas como o ciclo monetário Quando rimo, extermino, é homicídio voluntario Claro que alucino, a arma do crime é o abecedário Rap é fazer e tu metes sempre a cola ao contrario Tou-me a cagar para o notário E acho isso notório Não tenho carta nem B.I. e nasci num velório No consumo obrigatório, tenho culpas no cartório Mas tu caga no cenário e sente o sonório Maluco por não estar ajustado a uma sociedade como esta? Só se eu fosse maluco é que estava ajustado a esta merda E se ela te diz que é perfeita, mente Sei perfeitamente que ninguém tem uma perfeita mente Só me assusta a diferença entre o sujeito Que sou quando me levanto e o sujeito que sou quando me deito Sujei-te com o meu som? Estás sujeito A ser como eu sou, só estou bem onde não estou E no que diz respeito ao respeito nunca o dei a quem o comprou Guita gira com a falsidade e eu caguei no complô Meu pips tá-me sempre a dizer que nunca estou satisfeito com nada Se eu pudesse, mudava Sou uma pedra perdida, com uma ganda pedralada Faça o que fizer a noite acaba apedrejada Tou sempre ocupado a ser eu próprio Despreocupado a aquecer o ópio Rastos líricos benny broker mokas K. Eliot Dropa barras é de top Notas escarras que são do fumo do fundo do pulmão Só catarro Ou te agarro ou deixo-te ir, ao relento na street Enfrento-te no beat, não encravo, eu sei cuspir No bafo tenho weed, liberto a mente, meto a cena phat Claro que rebenta mesmo, é certo, aprende Nem perco é tempo, bora É agora a hora p'a mudar o hoje Não te quero ter na mão se podemos voar os dois Despejar o nojo, acordar com o despertador Dispensar o pois e lidar de perto com a dor Eu tou nas puras, a curtir, a fazer Já não sei do que tou à procura mas quando vir, vou saber Acordo com fome, mas sem apetite Só vi talas e ressacas não dá pa evitá-las mãe, é fudido Nem a pedido de mim próprio ando por aí sóbrio Um bocadinho não chega Dá-me um jardim d'ópio Não tenho a cabeça na Lua, tenho a Lua na cabeça Tou na rua na conversa, sem pressa, no meu caminho