Tom: A C# F A#m D#m Por um trilho estreito, entre samambaia, de chapéu de palha, eu ia pra mina G# C# Enchia o corote, com a canequinha de água fresquinha, limpa e cristalina C# F A#m D#m Depois me sentava no barranco ao lado e entusiasmado eu ficava olhando F# C# G# C# A queda da água rodando moinho e no ribeirãozinho o monjolo malhando F# C# G# C# À tarde eu deixava o monjolo parado, e o arroz socado eu levava pra janta F# C# G# C# Corria na venda, comprava envelope, voltava a galope no cavalo pampa F A#m G# F# C# Tomava um traguinho, jantava bastante, achava importante escrever pros parente F# C# A G# C# Contando que a roça estava limpinha e que ninguém tinha ficado doente C# F A#m D#m Mas minha pobreza foi contaminando aos pouco tirando esta felicidade G# C# Embora a roça fosse um berço sagrado me vi obrigado a mudar pra cidade C# F A#m D#m Passei a comer só arroz de pacote, troquei o corote por filtro esmaltado F# C# G# C# Nem carta escrevo, pois vivo sozinho, só vejo moinho no supermercado F# C# G# C# Se vejo monjolo é movido a motores, só em casa de flores, vejo samambaia F# C# G# C# Mas fico orgulhoso por ver margaridas limpando avenidas de chapéu de palha F A#m G# F# C# A grande saudade, que tenho guardada, será revelada se um dia eu voltar F# C# A G# C# Então pedirei perdão ao presente pra eternamente na roça eu ficar