Dois, três, quatro Quando eu era menor do que Plutão Pedia colo pra Lua crescente Pegava estrelas cadentes na palma da mão O meu escudo era um lençol E a imaginação, maior do que o Sol Não precisava saber nada além De que tudo sempre fica tudo bem Não precisava saber nada além De que tudo sempre fica tudo bem Antes eu nem tinha pés pra pôr no chão Eu tinha uma cauda de sereia No meu castelo de areia esculpido a mão O meu mercúrio e o meu Sol Nadando numa canção, sem medo de anzol Não precisava saber nada além De que tudo sempre fica tudo bem Não precisava saber nada além De que tudo sempre fica tudo bem Pra onde vão as pétalas de dente-de-leão? Pra onde vão moedas numa fonte e a ilusão? Pra onde vão as velas de aniversário? Pra onde vão? Pra onde vão todos os sonhos que não se realizaram?