Às vezes me afogo no meu sentir Às vezes é dor só existir Eu desejo ser a água calma E flutuar na paz da maré baixa Eu desejo ser a água calma Que corre livre e rega minha alma Mas sem querer Nasci maremoto Tempestade de vento que no mar não vai se encaixar Não sei lidar Talvez não caiba em mim Não sei medir Se é pra sentir Não é raro que me perca Nas águas profundas desse mar De rotas - por vezes sem volta Do labirinto que há em mim.