Mundo gira, gira mundo Segundo Minas Gerais Ouro preto, preto sangue Folia em Bananais Escravo negro, escravo Índio Baiana e acarajé Camburi e capoeira Eu mato a cobra e mostro o pau Os moleque são teimoso Os moleque são teimoso Os moleque são teimoso Roda na roda gigante Pandeiro e afoxé Cavalo, engodo, Transe Asas na ponta dos pé Maria e benedito Favela, imposição Baculejo bacuri Fogo rondando escorpião Os moleque são teimoso Os moleque são teimoso Os moleque são teimoso Não vou te dar o papo Pra cortar algum barato De dia ou de noite Os moleque faz o trato Tu pensa que é careta Enche a cara de buceta E aí? Hoje com que eu vou dormir O homem do futuro Não brilha só agora Pra achar educação Na indecisão Demora Peguei o meu Vinil E risquei lado contrário Saiu som mais puro que o seu alto falante Otário Fraco, médio ou forte Pedi café amargo Dei pala de marica E logo ouvi: Viado Pode ser meu nome Pode ser um apelido Mas como como xingamento Isso não faz o menor sentido Pré-conceito é um animal E aquele que nomeou Amor entre dois homens ou mulheres Não pode mais ter caô E fazendo justiça Pra aqueles que entenderam Se tu ainda me define, irmão Há de morrer primeiro Há de morrer primeiro Há de morrer primeiro Há de morrer primeiro Há de morrer primeiro Lama por todos os cantos Novela, Maracanã Olhos pra todos os santos Vida às águas por Nanã Cigarrinho dos artistas Macuca, Maracatu Mal na cara dos caretas Viva a Barra do Jucu Os moleque são teimoso Os moleque são teimoso Os moleque são teimoso