Quando o vento vem trazendo terra Logo se imagina o aguaceiro Se enluta o horizonte Anil, outrora, e, agora, breu Escava a terra um velho touro pra vida nova E a viração que vem tapando a cova Como a enterrar o estio que já morreu Folhas secas passam em revoada Afugentando um galgo no galpão Hoje não tem lavoura Benedito, encerre a cavalhada A sanga, descendo vermelha, anuncia Um raio corta o céu de sesmaria E o tempo hoje é sangria desatada Repontando água Vem o vento estradeiro Repintado a terra Num matiz de pelo e flor Florescem os aguapés Lambaris prateiam o rio Como é lindo o pampa Em fim de estio