Um taura solto das pata Buscando a plata Conta co'a sorte Quando a pobreza revolta Vai dando volta Na própria morte Um taura solto das pata Buscando a plata Conta co'a sorte Se um contrário cantou flor E no partidor dei uma rodada Meus pilas desaparecem Então, me apetece dar uma chibiada Cruzo a cerca, me boleio E grudo um alheio na madrugada De dia, doma e armada Por sobrelombo Na boca da madrugada Dou mais um tombo Passando a safra da esquila Escasseia os pila na minha gibeira Vou me virando Metendo uns gado Lá na fronteira Quando a patrulha me para Eu fujo das garra dum oriental Penso: A vida não é justa E já não me gusta viver assim Cruzando cerca e banhado Mais acuado que graxaim Mas quando a vida me cobra Eu pego onde sobra e pago pra mim