O sabiá cantou lá na mata E o vento trouxe Um cheiro de relva doce De primavera Florida O quero-quero voou lá na várzea Enquanto a velha mulita Matreira se entoca Fugindo da cachorrada Velho bugio cruzou pela sanga Levando a bugiozada De arrasto e de longe Me olhando de cara feia Lá vai o seu bugio Esse é o meu lugar Onde repasso a vida solito Pra me acompanhar Na madrugada seresta O aconchego de um mate na aurora E a natureza do sul Toda a beleza do sul Na natureza do sul O rio transbordou lá na curva Dourando o pasto de piava e traíra Levando um cocho que eu farquejava Olha quem se aninhou na cunheira Vai carregando uma aranha Prá um rancho barreado Cuidado com o marimbondo O João-de-barro ciscou no terreiro Como quem dá um oh, de casa Pois veio de muda Prá um galho na pitangueira Bem-vindo, João barreiro