A luz resplandeceu no caos Anunciando um novo dia Haja terra, água, fogo e ar Imensas florestas, terríveis animais Surge o homem Todo mundo nasceu nu Criou seu aparato, que barato! Começando o rebu Vestiu a frente Cobriu atrás Por baixo dos panos Sacanagem Trepado no cangote Dos pecados capitais Galopou a humanidade Um lindo paraíso descobriu Sou eu este gigante Brasil Tropeço do meu caminhar Monstros de aço, em selvas de pedra Ninho de famintas serpentes Devoram toda riqueza e beleza Que sufoco, minha gente! Hei de vencer, de vencer No carnaval extravaso o meu canto Vale o que está escrito, é o grito Olhai os lírios do campo Toca fogo no rabo De quem nada faz Eu sou povo, me acabo E não aguento mais