Compadre de fronteira, bota lenha na fogueira, O dedo na moleira e um chapéu... Apeia do cavalo o medo, o passado, E embreta a alma nesse mundéu! Enterra tua imagem no aterro das paisagens, Postal, musical do Brasil... E guarda tua gente à margem do que sente, Durante a travessia do rio! (E estaremos juntos quando o coração precisar!) Bis Compadre de cidade, milonga tua verdade Num mate de "cortá" o coração... E canta tua palavra ao longo dessa estrada Que invade o pampa da criação! Chuleia da cancela o mundo que te espera, Maneando os olhos no partidor... E larga então de cepo, buçal, cabresto e freio, Batendo casco por onde for! (E estaremos juntos quando o coração precisar!) Bis Eh! Compadre, provoca tua ira Que a prosa segue viva na carne! Compadre de porfia, quem sabe faz o dia, Ponteando o violão pra escrever... Com o verso na garupa, nos bastos da loucura, Guasqueando a solidão pra correr...