A rosa dos ventos Ao sul devir Eu vim Em pó de estrela De um azul piscina Imã Eu alvo de mim O vírus, o vídeo, a tela, O que me incrimina. O que tu és, ou contra o teu, Se és... Eu me desligo E descontinuo Um prometeu, A sina, o bico do abutre, O sol a pino, A pele argentina Desloco-me assim, Por partes E reparto-me Proto, pós, até, Eu traduzido Num deserto de avenidas Aos pedaços Crivo o que ainda não está perdido Um olhar tão duro Atira, risca, abala, Treme, e nos silencia. A pua, a lei, a lâmina afia. Não sei mais se sei Se sou, ou, o que eu deveria. Não identifico nada Nesse signo, A reza, o templo, Se o que brilha é ouro, O altar de um deus da língua A fala, o verbo, a imagem, Os chifres de um touro Fragmento Visto pelo avesso, à vela, O mundo, Em verdade, creio: Gene do futuro abstrato O sujeito humano, O clarão-escuro. A razão dos ventos Zune, assopra o fogo Entenda-se a filosofia A mosca, o centro, O x da questão Retenho na mira, na pontaria. O que me alimenta - mata, Com o que me envenenam eu curo.