Não foi noite, Nem o tardar do dia. Bateu forte o ferro Da tua violência No meu olhar de viés Com uma advertência: O céu não é seu! E que eu não posso ser um tipo como eu E que se a vida fosse como ela é Eu jamais seria Ao sol do meio-dia, O teu olhar feroz, Ameaça a minha voz E as coisas diárias do canto. Mas sou o dono da hora Sou o dono de mim E vivo aqui com alegria Em meio a esse temporal E pra você que já fez tanto mal Melhor agora é ser a minha coisa boa Vem a mim que te passeio Pedra pedrinha do meu sapato Que calço, do asfalto à areia quente Com o meu pé nu acostumado assim Bom dia! Amanheço-me Porque o meu desejo é um intento Suco de luz que ingeri. E que a tua escuridão ignora A rua da cidade moderna onde mora O meu amor sem fim Eu que vim pelo olho de fora, To aqui no mundo na maior correria Vem a mim que te passeio...