Deitado na pedra pra ver o sol nascer, Descansei da noite que pernei a noite inteira. No bolso da bermuda a lembrança, A lembrança da areia, cúmplice do mar de lendas, Que o camarada me contou ô sugeito, Aonde meus olhos podem ver, Aonde meus olhos podem te levar. As crianças brincando despreocupadas, As crianças brincando, nem ligam pra mim. A única coisa que vejo lá de cima da pedra, Acorda meu bom que o sol já nasceu, Não adianta me olhar, que ele não vai mais voltar Sentado na pedra, sem ter o que fazer, Todo dia é igual, tudo que sobe vai descer, Nunca tive tempo, pra ver o sol nascer.