Eu bato, firmo o prego Eu fico, seco, eu puxo o ferro Eu abro um olho e o sol invade o corpo Eu corro a parte alguma Até mais tarde, isso meu santo Eu sonho é a noite O fogo arde, a pele cola Na flor da idade, as flores dançam soltas Sentem um som, uma paixão Há tantas pedras na beira tua calçada, cor vermelha alaranjada Eu vejo um doce enlace, o amor bateu na trave É grave, é dança, é dura, é triste É foda é quase, quase! Mais amor, mais amizade Tô morrendo de saudade Falta pouco pra te ver meu bem É o fruto do trabalho, de um ano inteiro Eu ralo pra caralho pra te ver meu bem Mais amor, mais amizade Tô morrendo de saudade Falta pouco pra te ver meu bem É o fruto do trabalho, de um ano inteiro Eu ralo pra caralho pra te ver meu bem No meu passo a posso, tem tudo o que faço Deslizo no traço Não paro, me calo No embalo das horas, me cubro eu me acho No meio da rua, onde puseram o despacho Fizeram um ebó assinaram embaixo Eu não me abaixo Eu faço, fico quieto Eu olho o teto eu foco certo Eu acho um ouro, só me arde o couro eu corro, a parte alguma Até mais tarde, isso meu santo Eu sonho é a noite Um pôr da tarde, aquela escola Na flor da idade, as contas dançam soltas Sentem um som, uma paixão, há tantas velas O seu pé tá embolado, tava a terra amarelada Com vento em tanta face O tremor bateu na base É forte, é puro, é ouro, é fruto, é sorte é arte (é arte) Mais amor, mais amizade Tô morrendo de saudade Falta pouco pra te ver meu bem É o fruto do trabalho, de um ano inteiro Eu ralo pra caralho pra te ver meu bem Mais amor, mais amizade Tô morrendo de saudade Falta pouco pra te ver meu bem É o fruto do trabalho, de um ano inteiro Eu ralo pra caralho pra te ver meu bem Atente, pagamento, agora ao presente Que de tão presente, vai embora Mas deixa sempre um novo agora, de presente De presente, se apresente