Hoje em dia quem ainda vê Lá na beira daquele estradão Um ranchinho coberto de mato Tão sozinho naquele sertão Há dois anos passados ele foi Companheiro da minha ilusão Pois nesse rancho morou Aquela que roubou o meu coração Somente a tristeza ficou Residindo naquele lugar O ranchinho que foi tão alegre Hoje em dia dá pena de olhar Esperando a cabocla que foi Sempre firme ali ele está Eu peço perdão ao ranchinho Mas eu lá sozinho não pude esperá Eu saí pro mundo procurando A cabocla que tanto eu queria Encontrei, mas não reconheci Até quase eu chorei nesse dia Para mim, foi uma grande surpresa Ao saber onde ela vivia Mesmo meus olhos enxergando Eu fiquei duvidando das cenas que eu via Quando eu fui falar com ela Com desprezo me arrecebeu Ela estava nos braços de outro Até fez que não me conheceu Foi o golpe mais triste da vida Que até hoje meu peito sofreu Perdi para sempre o amor Da mais linda flor que no sertão nasceu