Não sei, não, não sei, não Não sei, não, não sei, não Não sei, não, não sei, não Não sei, não, não sei, não Esse negro não se enxerga Não conhece o seu lugar Esse negro não se enverga Esse negro é de amargar Esse negro não se enxerga Não conhece o seu lugar Esse negro não se enverga Esse negro é de amargar Põe na cara desse negro, focinheira de latão Põe golilha no pescoço, um tronco no coração Nos dedos lhe põe anjinhos e no pé põe um grilhão Dá-lhe com a Santa Luzia na grossa palma da mão Mas cuidado com esse negro Que esse negro é o cão E se um dia ele se solta, Iaiá, não sei não Não sei, não, não sei, não Não sei, não, não sei, não Não sei, não, não sei, não Não sei, não, não sei, não Esse negro não se enxerga Não conhece o seu lugar Esse negro não se enverga Esse negro é de amargar Esse negro não se enxerga Não conhece o seu lugar Esse negro não se enverga Esse negro é de amargar Muda o nome que ele trouxe em seu caçanje de nação Ensina língua de gente, dá batismo de cristão Põe um colete de couro, ele é negro turrão Dá-lhe vara de marmelo, bacalhau e cinturão Mas cuidado com esse negro Que esse negro é cão E se um dia ele se solta, Iaiá, não sei, não Não sei, não, não sei, não Não sei, não, não sei, não Não sei, não, não sei, não Não sei, não, não sei, não Esse negro não se enxerga Não conhece o seu lugar Esse negro não se enverga Esse negro é de amargar Esse negro não se enxerga Não conhece o seu lugar Esse negro não se enverga Esse negro é de amargar Não dá nada pra esse negro pra ele não ser cidadão Pra morar deixa pra ele só morro, hospício e prisão Diz que ele não tem passado, nem heróis, nem tradição Que ele só sabe é de samba, de bola e superstição Mas cuidado com esse negro Que esse negro é o cão E se um dia ele se solta, Iaiá, não sei, não Não sei, não, não sei, não Não sei, não, não sei, não Não sei, não, não sei, não Não sei, não, não sei, não Esse negro não se enxerga Não conhece o seu lugar Esse negro não se enverga Esse negro é de amargar Esse negro não se enxerga Não conhece o seu lugar Esse negro não se enverga Esse negro é de amargar Esse negro não se enxerga Não conhece o seu lugar Esse negro não se enverga Esse negro é de amargar Esse negro não se enxerga Não conhece o seu lugar Esse negro não se enverga Esse negro é de amargar Esse negro não se enxerga Não conhece o seu lugar Esse negro não se enverga Esse negro é de amargar Esse negro não se enxerga Não conhece o seu lugar Esse negro não se enverga Esse negro é de amargar...