Nas colinas do desconsolo onde as portas se encontram fechadas Onde, dizem, se escondem os mouros, moram homens de cara tapada Morrem homens, não sabem por que, há quem diga que a culpa é da asma Mas as cordas que usam nos pés não impedem os ratos, na estrada E os perdidos do vale esmeralda, onde as vidas se arrastam no chão Onde os gestos se espalham e baldam, vão vivendo com a cara nas mãos Há quem diga que o vento é ruim, morrem homens que são honoráveis Mas as cordas que usam nos pés, não impedem os ratos, na estrada Larga as tuas lágrimas: Vê bem, eu não moro lá! Eu não moro lá!