Baseado Nas Ruas

Periferia

Baseado Nas Ruas


O dia amanhaceu, na periferia
Todo mundo desceu, foram pras cidades
Pros centros urbanos
À procura de emprego, eles também são humanos
A elite desfaz, mas não sabe do que somos capazes
Ontem a noite da minha rua falece um rapaz
A família e os amigos, todos entristecidos
Os matadores pode cre os que falaram tudo foi cumprido
Estamos abondonados
Nossas ruas por interia ainda não tem asfaltos
Mas acredite por aqui o que tem mais é assaltos
A pivetada com dez anos já andam com o cano
Mês passado três deles derrubaram meu mano
A polícia por aqui já trouxe muita dor
Eles já chegam na maior, vazendo o terror
Pode cre

Refrão 2x:
Mas eu acredito
Que tudo vai mudar
(mas eu acredito que tudo vai mudar)
Nosso forte na vida é
É sempre lutar
(nosso forte na vida é sempre lutar)

Ontem a noite lá em casa

Ontem lá em casa
Só teve o almoço
Um arroz misturado com carne de pescoço
Janta lá não tem
Bebe água vai dormir
Ainda diz amém
Os butecos dia e noite estão sempre cheios
Muita cachaça vendida, muitas vidas perdidas
Conquequencias das [piiiii] famílias destruidas
A periferia é isso não tem como correr
Muitas crianças desnutridas sem ter como crescer
As paradas de ônibus estão sempre lotadas
A demora é tanta, que grande cachorrada
Na tv o chefão da [piiiii] diz que vai melhorar
Fala tanta mentira que falta só chorar
Os baú dito velho rodando, vivem só quebrando
E ainda chegam os otários me chamam de candango

Refrão

Terror, terror, terror
Aqui é o terror
Mas acredita que um dia tudo vai mudar
Nosso forte na vida, é sempre lutar
Enquanto o mundo não muda, vamos acreditar
Essa luta é desigual mas vamos batalhar
Se você me escutar você vai cooperar
Porque lá onde moramos é como te falei
Mas é de lá que gostamos, um lugar sem lei
Talvez um dia eu mude com um pouco de atitude
Pode cre muitas pessoas por aqui tem virtudes
Tá na hora de dar gelo
Que correria meu irmão que desispero
5 da manhã, 6 dentro do baú
E isso não é só comigo é de norte a sul
Crianças desamparadas largadas em casa
Ganham caminho da rua, em disparada
Eles aprendem o que é o bem e o mal
Fazendo juz a seu ancestral
Seu pai que ele nunca viu é um estruprador
Violentou a sua mãe sem rancor
Por isso talvez o mal reine naquela cabeça
Esqueça
Aqui pode até ser ruim mas dá pra sobreviver
Minha mãe nasceu aqui, véi, pode cre
Experiência de vida quebrada é sempre assim
Quer aprender um pouquinho então chega ai
Se hoje é domingo, mais tarde rola o bingo
Ta valendo uma caixa de cerveja
Aqui é bem divertido quase não rola tiro
Vem morar aqui véi pra ver de qual é
Nem necessidade de idade pra entrar no baile
Malandro ratiando com cigarro de vale
Esses pilantras assassinos não valem nada
Mas protegem sua casas, sua quebrada